Dança

Duas datas especiais para comemorar no palco

Grupo Ballet de Pelotas e a Escola de Ballet Dicléa Ferreira de Souza celebram, respectivamente, 50 e 62 anos de atuação no balé pelotense

Foto: Carlos Queiroz - DP - Bailarinos irão encenar Coppélia e a obra autoral Kýklos

Por Ana Cláudia Dias
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Depois de duas temporadas com projetos alterados por causa da pandemia, o Grupo Ballet de Pelotas e a Escola de Ballet Dicléa Ferreira de Souza retomam a tradição de finalizar o ano com um espetáculo. De volta ao palco do Theatro Guarany, bailarinos e bailarinas apresentam nesta terça-feira, a partir das 20h30min, o balé de repertório Coppélia e a obra autoral Kýklos. Os ingressos estarão à venda a partir de segunda-feira, na bilheteria do Theatro, ao preço de R$100,00 (inteiro), há ainda a opção de entrada solidária R$60,00, mediante a doação de um quilo de alimento não-perecível. Assinante do Diário Popular tem 40% de desconto.

Voltar ao palco do Guarany será além de uma realização para os bailarinos, um momento muito especial para as duas entidades, que celebram datas marcantes este ano. O Grupo Ballet de Pelotas chega aos 50 anos de atividades e a Escola de Dicléa aos 62 anos.

Grupo Ballet de Pelotas nasceu em 1972, sob a direção de Dicléa de Souza, com o propósito de proporcionar aos alunos mais adiantados uma continuidade na dança. Atualmente é Daniela de Souza, filha de Dicléa que segue o trabalho da mestra. São alunos que começam no Grupo com 14 ou 15 anos e seguem até a vida adulta.

Reconhecido pelo público e premiado em diferentes festivais, ao longo das cinco décadas o Grupo tem explorado novos caminhos na dança sem deixar de lado o aperfeiçoamento técnico no clássico. “Para entrar no grupo buscamos os bailarinos que conseguem executar obras com grau maior de dificuldade”, explica Daniela.

Já a Escola de Dicléa Ferreira de Souza está em atividade ininterrupta desde 1960, tempo em que vem proporcionando ao público de diferentes localidades arte da dança clássica de qualidade. A pandemia atrapalhou as celebrações dos 60 anos da Escola, completados em 2020, casualmente o único ano em que não houve espetáculo da entidade. No ano passado, a tradição foi representada por uma videodança.

A fundadora, a ex-bailarina paulista Diclea, que se mudou para Pelotas no auge da carreira, por causa do casamento, tem formado gerações de bailarinos, professores e coreógrafos apaixonados como ela pelo balé.

A Escola de Ballet Dicléa Ferreira de Souza leva o nome da cidade de Pelotas para todo o estado do Rio Grande do Sul e fora dele. Uma história que já foi contada em livro e até homenageada pela Escola de Samba General Telles.

Um outro feito da Escola foi o projeto A Magia da Dança, que por dez anos, oportunizou, em parceria com a prefeitura, a formação em belé para crianças das escolas do município. “Quando eu olho para as meninas dançando, fico pensando como eu consegui, mas não teria conseguido sozinha. Foi um trabalho de uma equipe. Agora passei pra minha filha, que está lutando para manter a tradição, fazer um espetáculo não é fácil, mas ela vai conseguindo as coisas e enquanto eu puder, vou acompanhando”,diz.


Projeto
Este ano a Escola e o Grupo vão proporcionar a 250 alunos de escolas do município uma noite cultural com o projeto Teatro para Todos, que ocorre nesta segunda-feira. O evento será um ensaio aberto no Theatro Guarany.
Antes da apresentação, marcada para as 20h, os estudantes serão recepcionados com uma explanação sobre a história do próprio Theatro, um patrimônio centenário do município. Daniela explica que o objetivo é proporcionar a este público acesso a este tipo de evento cultural, ainda considerado de elite, além de contribuir para formação de plateia para a dança.

Programa
Daniela Souza faz a direção geral e artística dos dois espetáculos. Coppélia é um balé do século 19, com uma trama cômico-romântica em três atos. A coreografia original é de Arthur Saint Léon, com música de Léo Delibes. A obra ficou caracterizada por ter sido a primeira a incluir danças folclóricas como czardas, mazurcas e polcas, emprestando realismo a ação.

Na peça adaptada por Daniela e Eliana Oliveira, as protagonistas Swanilda e Coppélia serão interpretadas, respectivamente, pelas bailarinas Beatriz Santos e Gabriela Tomaz, já o noivo de Swanilda, Franz, será vivido por Marcos Mackedanz. No elenco ainda está o bailarino Pedro Sanchez que será o doutor Coppelius, um criador de bonecos e bruxo que provocará uma grande confusão na trama.

Na sequência da noite, o Grupo Ballet de Pelotas estreia Kýklos, com coreografia de Daniela e Victor Medronha. Kýklos, palavra grega que deu origem a palavra ciclo, significa uma série de fenômenos que se renovam de forma constante.

A obra pretende por meio da dança representar a natureza cíclica da vida, apropriando-se da obra de Vivaldi e adotando as quatro estações do ano como metáfora para representações destes diferentes estados de espírito.

Serviço
O quê: Grupo Ballet de Pelotas e Escola de Ballet Dicléa Ferreira de Souza apresentam os espetáculos de dança Coppélia e Kýklos
Quando: terça-feira, às 20h30min
Onde: Theatro Guarany, rua Lobo da Costa, 849
Ingresso: na bilheteria do Theatro a partir de segunda-feira
Valor: R$100,00 (inteiro); R$60,00 (solidário); R$50,00 (meio)
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